domingo, 5 de outubro de 2008

FIM DE LINHA...

Pensei que te tinha, mas nunca te tive...
Quis-te, mas não te devia ter querido...
Vivi esperançada em te ter cada vez mais perto... mas a distância permaneceu...
A tua indiferença agudizou o meu sofrimento, não me dando motivos para sorrir...
Gostava de ter partilhado contigo muito mais... do que uns simples momentos, porque ainda que bons, foram efémeros, que se me escaparam por entre os dedos... que se esbateram no tempo... porque não vinhas, ignorando-me... ou porque só estavas, quando achavas que esse era o (teu) momento...!
Esperei-te (ansiosamente) quando não te devia esperar... alimentei sonhos, esperanças ocas... expectando realidades que nunca me irias dar, nem tão pouco partilhar...
Senti-te, quando não te devia sentir...
Entreguei-me a ti por inteiro, sabendo que não o podia fazer... até porque tu próprio, nunca o fizeste!
Permiti-me jogar, um jogo viciado e desequilibrado, no qual já sabíamos quem o iria ganhar... e, consequentemente, quem o iria perder... No entanto, porque no fundo o querias e até gostavas, foste sempre alimentando-o...
Gostei de ti... sem que tu gostasses de mim...
Dediquei-me a ti, quando não o mereceste!
Pensei em ti... no que gostavas... no que querias, tentando ingenuamente ler os teus pensamentos, as tuas emoções...!
Preparei-te surpresas, dei-te carinho e conforto quando precisaste, ajudei-te naqueles momentos... e tu?, nada fizeste... nem tão pouco o reconheceste...
Tive sempre respeito por ti... admirei-te, considerei-te... tu nem isso, por mim o demonstraste...
És egoísta nas tuas decisões... e ainda assim, estive aqui para ti...
Permiti-te, sem nunca me teres permitido... dei-te (quase) tudo, em troca de nada...
Sei que um dia irás cair em ti... e perceber que a vida não se joga assim... temos que ser mais íntegros, honestos e transparentes connosco e com os outros... respeitando sentimentos e sabendo gerir as emoções...
Estou triste, magoaste-me... sei que merecia mais... contudo, de consciência tranquila... dei-te o melhor de mim, proporcionei-te momentos intensos e genuínos, apesar de não os mereceres... foram puros!
Sinto que chegámos ao fim de linha... já mais nada há a fazer... o mistério desvendou-se... e o encantamento terminou... tu partiste... e mesmo que queiras voltar, como em outras alturas já o fizeste... eu já não vou estar cá, para ti...!

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